segunda-feira, dezembro 18, 2006

Surpresa

Não vem numa caixinha, como costumam dizer. Caso fosse, já seria "meia" surpresa. Ela é imprevisível, inesperada.
Ela te persegue sem ser vista ou cai do céu. Pode estar no fundo do mar, ou na beira da praia. Pode aparecer em seu trabalho ou em casa, quando estás prestes a dormir.

E ainda: nem sempre é boa, positiva ou gratificante. Mas é marcante, em qualquer circunstância. Feliz ou triste. Bem vinda ou não. É indelével e sem volta. A partir do inesperado, o cotidiano toma novas formas. Às quais nos adequamos ou rompemos com as convenções sociais. Agir como no feitio coletivo? Resolver do meu jeito? Tudo bem. Absorva e reaja. Vibre ou se arrependa, mas encare. Dizem que a cada esquina há uma.

Aliás, tenho uma surpresa pra você...

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Horizonte

Apesar dos altos e baixos da vida, que sempre nos faz lembrar que nada é estável, absoluto, pois estamos sempre suscetíveis a mudanças e temos que estar constantemente nos atualizando, ajustando, readequando. Sempre vislumbro um horizonte positivo. Persigo, insistentemente, um futuro bom. Como num instrumento musical bem conduzido que toca lindas melodias, mas de tempos em tempos precisa ser afinado, para manter a beleza de seu som.

Mas, sem atropelos, sem desmerecer ninguém, busco o bem.

Comum, singelo e ainda sim o bem.

terça-feira, dezembro 05, 2006

Tempo

Quanta gente já passou pela minha vida, quantas pessoas ainda passarão?
Amores, amigos, novidades, ausências, saudades.
Períodos longos ou curtos, superficiais ou profundos.
Marcas que não cicatrizam, feridas cutucadas...
Momentos, momentos, momentos.
Bons ou maus, frios ou quentes, intensos ou descartáveis, momentos...
Devia ter feito um diário durante toda a vida, muitas coisas já não lembro.
Mas algumas sensações são indeléveis: cheiros, sabores, peles, olhos, contatos, risadas, toques, choros, abraços...momentos.
Tento não perdê-los, os momentos, de meus pensamentos. Sem angústias, apenas guardá-los, para reavivá-los, num dia de chuva, sentado na varanda, vendo a vida passar. Meus momentos. Como um álbum de fotos e cartas, pedaços da minha vida que se reanimam a cada virada de página, não hei de deixá-los.
Mas eles, meus pensamentos, insistem em se perderem. Por isso, os persigo ou às vezes eles me surpreendem ao reaparecer nitidamente em minhas divagações, uma simples visão, um perfume ou uma música, trazem do meu inconsciente toda uma gama de fatos, bons ou maus, meus momentos.
Me agarro a eles e espero pelo que ainda pode vir, sem deixar de lembrar que serão mais uma peça do quebra-cabeça da minha vida.